domingo, 20 de janeiro de 2013

Grata surpresa.

Aproveitando o ensejo da volta de David Bowie a mídia com o lançamento de um novo single e logo mais um novo disco, vou falar um pouco desse artista com tantas canções que fizeram e fazem parte da trilha sonora de minha vida.

Há muitos artistas e bandas que me surpreenderam positivamente quando ia conhecendo melhor seus trabalhos e me deparava com 'aquela' música que eu já gostava há tempos, mas não ligava o nome a obra. Pois o camaleão do rock já passou por tantos estilos musicais (e visuais) que minhas surpresas em relação a ele foram várias. Entre elas: Starman, Heroes, Ziggy Stardust, The Man Who Sold The World e, principalmente, This Is Not America.

Faixa clássica na programação de rádios como Alpha FM e Antena 1, sempre amei o jeito que esse 'tal cantor' a interpretava, aqueles backing vocals conversando com a melodia principal e seu ritmo de fim de noite.

Engraçado que eu demorei pra aceitar que ela pertencia ao David Bowie, pois eu imaginava um cantor totalmente 'convencional' (não é bem isso, mas não encontrei outra palavra pro contexto) que era difícil aceitar a imagem dele - pensem nele no clipe de Ashes To Ashes, por exemplo - com essa 'música de consultório', ou easy listening, se preferir.

Uma peculiaridade dele que me atrai bastante é o fato de, apesar de nunca ter criado um gênero musical, ou algo inovador propriamente, ele consegue captar muito bem as tendências do momento e fazê-las a maneira dele. Seja fazendo rock´n´roll, soul, r&b, blues, jazz, funk etc, ele faz do ponto-de-vista dele, o que é algo genuinamente admirável.

Sem mais delongas, fiquem com a trilha sonora do filme 'A Traição do Falcão' (The Falcon and the Snowman) de 1985, uma parceria com a banda de jazz Pat Metheny Group:

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Roquenrou!

Resolvi iniciar esse ano com uma postagem falando do ritmo que realmente moldou minha personalidade e contribuiu diretamente para ser quem eu sou: o rock´n´roll.

Hoje em dia, eu tenho plena consciência do que esse estilo musical, aliás de vida, me proporcionou. Questionamentos, reflexões, autoconhecimento, crises existenciais... posso dizer sem sombra de dúvidas que ele sempre foi terapêutico pra mim. Mas não posso dizer que foi um facilitador social, pois sempre fui a ovelha negra em todos os meios que estive.

Minha geração, no geral, esteve perdida em relação a tendências e muitas vezes simplesmente seguia o que estava na moda. Passou o período do pagode, depois veio a música sertaneja, a axé music etc. Não que eu tenha problema com outros gêneros musicais, eu procuro ouvir de tudo mesmo. Porém eu detecto facilmente o que é verdadeiro, que tem alguma ideologia por trás do que é mero modismo e não passa de produtos pra entreter a grande massa.

Obviamente, que o rock´n´roll também passou a ser moda em determinados períodos e produziu grandes porcarias que prefiro não citar nomes. Agora é inegável que a parte boa do rock permaneceu viva e nunca parou de fazer novos fãs se apaixonarem por ele. Precisar o momento exato que passei por isso, eu não sei, mas quando fui 'envenenado' pelo rock, nunca mais fui curado!

Como a intenção desse blog é postar bandas e artistas que me marcaram desde criança, colocarei aqui um vídeo da Rita Lee, cantora a qual tem muitas canções que me fizeram a cabeça muito pequeno. E me abriu os olhos cedo pra entender que se pode fazer rock´n´roll genuinamente brasileiro sem precisar apelar pra um discurso barato com o único intuito de aparecer na mídia.

Esse vídeo é de 1979, quando ela se apresentou no Globo de Ouro, pouco tempo depois do lançamento do disco Mania de Você do mesmo ano: