segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Para pegar uma estrada.

Antes que o ano de 2012 termine, faço aqui minha última postagem falando de outra banda muito importante em minha formação musical, pois esses embelezaram muitas de minhas viagens, passeios etc quando era criança. Estou falando das Tias Fofinhas, ou melhor Tears For Fears.

Com certeza eles são responsáveis por sucessos eternos dos anos 80, portanto dificilmente alguém nunca se envolveu com alguma de suas canções em qualquer ocasião que seja. Mas, no meu caso, eles são parte fundamental em minhas memórias dentro do chevette modelo 1989 branco que meu pai comprou no finalzinho de 88.

Quase sempre quando os ouço, vem a nítida imagem de eu no banco de trás apoiado nos bancos da frente conversando com meus pais, vendo a estrada e olhando pro rádio do carro com suas luzes verdes. Uma visão linda que terei como fotografia mental até o fim dos meus dias.

Foram tantos passeios, que nem tem como citar algum em especial. Porém as mais marcantes foram as viagens para o interior de São Paulo. Todas as férias, minha família e eu íamos para alguma cidade diferente desfrutar da calmaria do campo e fugir da loucura da cidade grande. Geralmente, ficávamos em hotéis-fazenda cerca de duas semanas e era como se estivéssemos em outro mundo. Tranquilo, onde podíamos sentir o lado puro e mágico da vida.

Bom, aproveito para desejar a todos um excelente 2013, com votos de realizações, novas experiências, aprendizados e, sobretudo, cheio de amor e paz no coração de todos. Aproveitem cada momento de suas  vidas, pois estes passam rápido, mas marcam de tal maneira que fazem arrancar sorrisos toda vez que recordamos deles. Claro, sempre com trilhas sonoras pra ajudar nessas memórias.

Fiquem aí com um single de 1989, o ano em que o Chevette,  que deixa muitas saudades, entrou na minha vida.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Liberdade Canhota.

Uma das sensações mais gostosas que a música provoca em mim, e acredito que em muitas pessoas, é aquela de quando ouvimos uma canção depois de muitos anos e pensamos "caramba! eu amo essa música e já nem lembrava da existência dela". Pois bem, existem vários exemplos que poderia citar aqui, afinal como minha ligação com essa arte vem desde minha primeira chupeta (não sei quando foi isso, mas era bem pequeno!), vou escolher um que é de um sujeito que sempre admirei tanto por suas composições, como por seu carisma: o beatle Paul McCartney.

Com certeza Beatles está entre minhas bandas favoritas, mal posso enumerar três ou quatro canções favoritas, e sei que meus pais compartilham disso, porém a música que queria comentar é uma de sua carreira solo, pois já não é tão badalada, mas ao mesmo tempo não deve muito para as composições do Fab Four.

A canção que me causou isso há pouco tempo, se trata de um sucesso dele de 1994 do disco Off The Ground chamada Hope Of Deliverance. Recordo-me perfeitamente que eu pirava toda vez que a ouvia no rádio, porém depois que passou o sucesso, nunca mais a ouvi. Não sei bem o motivo, afinal outras tantas dele são sempre tocadas como se fizessem sucesso até hoje.

Antes que alguém tenha essa impressão, meu beatle favorito é o John Lennon, pois ele é o que tem a carreira solo que mais me agrada, inclusive claro que tem músicas do homem que já me causaram essa sensação, mas essa do Paul é um caso a parte pois ela eu consegui curtir na época que foi lançada e, obviamente, isso dá uma certa vantagem a ela!

Enfim, deixo o videoclipe abaixo e espero que apreciem sem moderação.

sábado, 24 de novembro de 2012

Primeira vez inesquecível.

Todo amante de música inevitavelmente elege algum artista ou banda para idolatrar. Um processo natural que, muitas vezes, surge de um momento único que só a pessoa pode compreendê-lo de verdade. Seja por uma música que marcou um período, ou mesmo uma situação; pode ser por uma entrevista engraçada ou esquisita; uma aparição em um filme/seriado etc. O importante é que a partir daquele fato, nasce o fã e este presta atenção sempre que vê o tal ídolo.

Claro que eu admiro vários artistas, já fui fã de muitos que, hoje em dia, não gosto tanto, porém o primeiro que me cativou, e nunca vou esquecer pelo impacto causado em minha existência, foi Michael Joseph Jackson.

Eu era muito pequeno, mas já estava ligado as canções que tocavam nas rádios e gostava muito do que rolava na época. Mas a primeira vez que ouvi a música Bad foi um verdadeiro choque em minha cabeça!
Aquele riff envolvente, a maneira singular que ele cantava, os backing vocals maravilhosos, os arranjos colocados que iam formando a dinâmica da música etc, tive que saber quem era o sujeito.

Depois veio a Smooth Criminal e eu tive certeza que era ele a pessoa quem eu iria idolatrar na minha infância (e até hoje, quem diria?). Aliás, essa música me remete ao filme de 1988 'Moonwalker' que, provavelmente, está entre os cinco filmes que mais assisti na vida. Talvez possa parecer um filme bobo numa análise mais crítica, agora imaginem uma criança vendo todos aqueles efeitos, personagens distintos e rolando altas danças coreografadas durante a trama? Paixão a primeira vista mesmo.

Mas acredito que o momento de consolidação de minha idolatria por ele foi quando a Globo transmitiu o show dele no estádio do Morumbi em 1993. Me lembro como se fosse ontem: eu fiquei paralisado em frente a TV vendo todos aqueles movimentos e pensando 'esse cara não é humano'. E eu queria ter o chapéu dele, as roupas dele, os sapatos dele, a voz dele... ah fora os passos fantásticos que eu tentava imitar sem êxito. Principalmente, aquele clássico no qual o corpo vai em direção ao chão e os pés ficam parados. Minha mente não assimilava aquilo (até descobrir que era um truque, no qual eram ligados imãs no palco e assim todos os dançarinos, inclusive MJ, podiam ficar 'grudados' na superfície).

Bom, podia ficar escrevendo mais sobre meu primeiro ídolo, mas acho que já conseguiram perceber que amo esse sujeito e, como eu mesmo escrevi no início, não há como explicar exatamente o que senti quando o vi pela primeira vez, muito menos o que senti quando soube da morte dele. Um dia cinzento que me deixou meio abismado, porém tenho certeza que ele cumpriu sua missão na Terra e, felizmente, nos deixou toda sua obra disponível para que possa nos emocionar eternamente.


domingo, 4 de novembro de 2012

O nascer e o renascer.

Já li diversos estudos que afirmam que a audição é desenvolvida ainda no ventre da mãe. Admito que não gosto muito dessas afirmações absolutas, pois o humano é um ser tão complexo no sentido de compreender sua personalidade que considero uma missão (quase) impossível poder traçar similaridades a todas as pessoas.

Porém, em relação a minha pessoa, acredito que a música já foi entrando em minha mente desde os tempos em que era um feto, pois os artistas e bandas que meus pais sempre gostaram de ouvir, parecem que eu 'nasci' gostando. Não existiu aquele momento de conhecer as bandas e então passar a apreciá-las.

Um dos melhores exemplos, definitivamente, é o Creedence Clearwater Revival. Se existe um soberano na trilha sonora da vida de minha família, o título vai para o CCR fácil. São tantas as canções que remetem a momentos e a sentimentos familiares que fica até complicado relacionar uma ou duas especifícas. Mais simples dizer que toda a discografia é significativa pra mim.

Portanto, colocarei aqui uma faixa que me agrada bastante e pode-se dizer que não é tão 'carne de vaca' como tantas outras que nunca deixam de tocar em rádios e festas por aí. Do álbum homônimo de agosto de 1969, composição do cantor/guitarrista John Fogerty: Green River.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Alimentando meus ouvidos.

Prosseguindo com a saga rumo a minha infância, não posso deixar de citar uma das bandas que sempre me acompanhou durante todo meu processo de formação musical, e até mesmo pessoal: os Titãs (do Iê-Iê-Iê, se preferirem).

É difícil explicar uma razão pela qual sempre tive empatia por esses artistas, talvez por eles representarem muito bem esse caos, em todos os sentidos, que é a cidade de São Paulo. Isso porque cada um dos integrantes tem características visuais, performáticas e musicais bem distintas, porém conseguem ser coerentes uns com os outros, assim como ocorre com a grande diversidade cultural existente na capital paulista.

Além disso, sempre tive uma 'queda' por artistas que não tem exatamente um estilo musical, muito pelo contrário, o estilo deles é justamente misturar tudo e experimentar os mais variáveis gêneros e sonoridades possíveis por uma banda. O que também reflete nas letras que abordam temas bem extremos como comportamento humano, política, amor... até a escatologia, por assim dizer.

Postarei aqui uma canção icônica que sempre me agradou, porém só quando eu já estava na sétima série e uma professora de Geografia a levou para os alunos ouvirem e analisarem a letra, que eu tive a noção plena do quão audaciosos são esses caras. Segunda faixa do disco 'Jesus não tem dentes no País dos Banguelas', cantada pelo peculiar Arnaldo Antunes.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Humildade da Rainha.

Continuando em minhas lembranças infantis, outra banda que sempre me marcou foi o Queen. Muitos vão pensar que é por conta da voz única de Freddie Mercury que, além disso, era um excelente frontman, mas o que realmente me impressiona é a sonoridade tão característica da guitarra de Brian May.

Talvez por ele ter uma personalidade humilde e saber que os holofotes estavam voltados para a figura do vocalista, ele se limitava a não chamar tanto a atenção nas performances ao vivo, ou mesmo em videoclipes, porém era no estúdio que o homem perdia boa parte do tempo experimentando novos timbres e aproveitando ao máximo as possibilidades para criar um som que pudesse simplesmente ser classificado como 'O Som do Queen'.

E, não há o que discutir, ele conseguiu! Basta um acorde soar que qualquer um já pode identificar como uma canção do quarteto inglês. Sem menosprezar a importância da cozinha formada por John Deacon e Roger Taylor, mas o responsável por ligar tudo e fazer com que o Queen seja até hoje uma das maiores bandas e nunca perca sua majestade, é o guitarrista de longas madeixas cacheadas.

Postarei uma canção do disco The Works (1984) que minha mãe comprou o K7 na época e mal saía do nosso velho aparelho de som.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Primeiras lembranças.


Minha relação com música começou muito cedo, apesar de me considerar um viciado em música apenas a partir dos 13 para 14 anos. Isso se deve ao fato, principalmente, de sempre em casa ou no carro, ter-se o costume de alguém da minha família, com uma forte influência de minha mãe, a sempre estar com um rádio ligado. Aquela coisa mesmo de ter trilha sonora para todos os momentos do dia.

Claro que, quando criança, não tinha a mínima noção de quem eram as canções que dominavam as paradas, mal tinha ideia que Fulano de Tal era dos EUA e Ciclano da Silva era da Inglaterra. Ou seja, eu simplesmente me limitava a curtir as músicas, e isso era muito gostoso.

E, como não poderia deixar de ser, gostaria de iniciar este blog com uma de minhas primeiras lembranças musicais, pois é uma das bandas favoritas de minha mãe e foi responsável por me despertar aquela pergunta que me acompanha até hoje 'de quem é esse som?'.

Tinha dois anos quando esse disco saiu e continua sendo um dos álbuns que eu mais admiro por tudo que ele representa pra mim: Brothers In Arms (1985). Mark Knopfler é um músico/compositor único e tem seu lugar garantido entre as grandes lendas da música do século passado.