quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Que coisa não?!

Aproveitando o embalo do mês das crianças, queria tocar num assunto que me incomoda... não sei se bastante, mas volta e meia me pego pensando nisso: a mania das pessoas de quererem colocar significado em tudo e, o pior, fechar a intenção em apenas um ponto-de-vista.

Pra não me estender muito, vou focar em... Música, é claro! Mas deixando a entender que isso serve pras várias esferas que, por ventura, você possa divagar.
Quando alguém escreve uma música, obviamente que ela tem um significado pro autor, seja por alguma inspíração que teve por observar um fato, seja por um sonho que teve na noite passada, por alguma experiência em um relacionamento, ou mesmo uma experiência divina... enfim, brota uma luz e o sujeito compõe. Beleza, até aí nada de anormal, nada que nunca tenhamos ouvido. Agora, por que quando a música tá lá pronta, as pessoas ouvem e ao invés de elas tirarem suas próprias conclusões, elas têm essa insana mania de querer saber o significado do compositor?

Oras, se cada um tem uma vida única, experiências únicas, referências únicas, pontos-de-vista distintos e blá blá blá, não faz mais sentido ela enxergar um novo significado pra música, mesmo ela não tendo escrito a dita cuja? Não é muito mais legal pensar que uma música - lembrando que isso vale pra qualquer coisa: filme, peça de teatro, quadro, livro, série de TV, desenho... - possa ter diversos significados e você pega um que te abre os olhos de alguma forma, que te mostra um novo caminho, ou que simplesmente te cause uma sensação ímpar?

Poderia eu citar tantas e tantas músicas que eu entendo de um jeito, um amigo entende de outro e uma terceira pessoa entende de outro jeito, porém vou comentar rapidamente duma canção que traz uma energia ótima e que acaba caindo como uma luva pra esse tema: Good Stuff do Bife-com-chuchu... digo, B-52´s!
Acho um barato o fato da música falar e falar da tal 'coisa boa' mas em nenhum momento eles explicam o que é ela, só mostram  a sensação que ela dá a eles e quão gostosa ela é. Vai dizer que isso não é muito mais divertido, pois cada um relaciona essa coisa com o que for mais interessante a perguntar pros compositores o que é essa coisa tão boa que eles tanto falam?

Com esse alto astral, me despeço e deixo o vídeoclipe delicioso desse som que agitou bastante o ano de 1992 (pra mim, agita até hoje!) e... falou!



Um comentário:

  1. Um brinde à diversidade! Sempre tão desprezada, vem e nos salva da monotonia sem-graça...
    Mari

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